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Não faz sentido nenhum.

Esses términos e perdas. Tu dás-te ao grande trabalho de conhecer uma pessoa por completo. No começo, descobres só as coisas boas e te encantas.
Sorris com o tanto que têm em comum e te perguntas como uma pessoa pode ser tão especial e diferente e sobre como tu tens a sorte de fazeres parte da vida dela. Depois vem as coisas más, claro. As pessoas só mostram lado mau delas quanto tu já estás a gostar e é tarde demais para desfazer.
Mas, sabes, com o tempo, tu aprendes a te encantares com isso também. Chegas ao ponto doentio que achas até um pouco bonito a pessoa insultar-te e chatear-te e que os defeitos dela são a melhor parte dela, na realidade. Mas aí vem o tempo, tudo se desgasta, as coisas mudam, fica tudo com um gosto estranho.
Vocês afastam-se. As conversas longas que vinham fáceis o dia todo, passam para monólogos arrastados e sem assunto só no fim da noite. Vocês começam-se a ignorar, não se procuram, paras de responder e guardas a raiva toda dentro de ti.
Percebes que a outra pessoa está a conhecer pessoas novas, e tu também estás a tomar o rumo para outras direcções. Ela vai para esquerda, tu vais para a direita. Quanto tu mais tentas consertar e fixar as coisas, mais estragas tudo e com o tempo paras de tentar fazer isso também.
Reclamas para o mundo todo, que está disposto a ouvir como odeias aquela situação, mas também não faz nada para mudar… Acomodas-te com aquilo. Depois, não pensas muito nisso como pensavas antes, e dá para perceber que a outra pessoa também já não faz tanta questão.
No fim, volta tudo para o começo. Os dois são estranhos um para o outro e mal se conhecem. Mas… Porquê que tem que acabar?
Porquê que não pode ter um recomeço?

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